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Como liderar pessoas nascidas no século 21

Atualizado: 31 de mar. de 2020

É muito nítido como as gerações evoluem de maneiras cada vez mais ágeis e distintas entre os espaços de tempo. Antes elas eram classificadas a cada 25 anos, atualmente elas são definidas com mais frequência, já que as mudanças comportamentais se tornam mais perceptíveis por conta dos avanços tecnológicos que vão fazendo parte das nossas rotinas.


Seguindo na ordem cronológica das gerações, passamos recentemente pela era dos millennials, ou geração Y, que é definida pelos nascidos entre meados da década de 80 até o final dos anos 90. Essa divisão de pessoas, representa uma porcentagem da população mundial que já nasceu introduzida na revolução tecnológica.


O fato da internet ser provedora desse cenário, proporcionou a essa geração, um novo estilo de vida, em que os relacionamentos e formas de consumo se tornaram mais práticos e em contrapartida mais exigentes.


Essa mudança de mindset, acarretou demandas por serviços, soluções e produtos, que vão muito além do que as outras gerações ousaram planejar. Logo, a internet foi fundamental para essa nova estrutura social.


Muitas certezas foram desestabilizadas por esse novo comportamento que essa leva de pessoas trouxeram, já que seus questionamentos e ideais são muito diferentes das estruturas sociais criadas até então.


E aí, quando já estamos nos acostumando com essas novas formas de pensar e agir, nos deparamos com uma geração ainda mais ativa em causas sociais e questionamentos que envolvem o todo, os responsáveis por isso são os centennials, a geração seguinte à qual falamos até aqui.


Eles estão passando pelas universidades e estão iniciando suas primeiras experiências profissionais, mas seus questionamentos e vontades estão além do futuro, estão no agora.


Os centennials são os nascidos entre 1997 e 2010, ou seja, nasceram e cresceram durante uma fase de desestabilidade econômica, e por isso sabem lidar com a crise e entendem que devem se manter realistas sobre o futuro. Pois, se algo não está mais funcionando, eles criarão soluções.


Quando focamos nas suas atuações profissionais, inovação e tecnologia são suas áreas prediletas, mas, não se engane achando que só isso basta para mantê-los interessados, pois é imprescindível acima de tudo que o cenário profissional que se introduzirão possua propósito, valores e visão de futuro para que eles realmente queiram se candidatar à vaga. Não que dinheiro não seja importante, mas segundo uma pesquisa realizada pela Future Company, 60% dos centennials preferem a certeza de não passar necessidade ao longo da vida, do que a perspectiva de enriquecimento.


Justamente por terem essa visão de causa, grande parte tem tendência ao empreendedorismo, considerando que seus ideais vão muitas vezes de contramão as empresas que hoje já são consolidadas.


Assim, entramos em uma questão que deve ser explorada desde já, para minimizar os conflitos entre essa nova geração e sua demanda por trabalho.


Como liderar os centennials?

1. É fato que eles são espaçosos demais para ocuparem vagas em empresas que não atualizaram seus modelos de atuações, posicionamentos e seus manuais dos colaboradores. Eles querem empresas com horários flexíveis, pensamentos exponenciais e muita liberdade. Então a primeira pergunta é, a sua empresa está disposta a receber pessoas que carregam a inovação consigo desde o berço?


A decisão de introduzir os centennials traz consigo a certeza de novos desafios para a companhia, por isso é necessário que a mesma esteja aberta para aprender com esse novo estilo comportamental, mas que também saiba agregar conhecimento para eles, pois essa geração também é muito interessada em aprender.


2. Sua empresa possui responsabilidade social? Os centennials são mais pragmáticos com questões que envolvem o bem estar coletivo, eles são mais resistentes a se introduzirem em empregos que vão contra esse princípio de comprometimento.


Antes de trabalhar com um deles, certifique-se de que o visão, missão e valores estão alinhados com as expectativas dos candidatos.


3. Tenha consciência de que agora, eles são mais criteriosos com as vagas que ocuparão, já que realmente acreditam que um trabalho com propósito é muito mais valioso do que a certeza de estabilidade financeira. Portanto, é ideal que a empresa esteja sempre aberta a se moldar para caber dentro dessas expectativas, o que não é ruim, levando em conta que se manter atualizado frente às gerações é sinônimo de também estar atualizado no mercado.

4. Sabe aquela retrógrada ideia de que com um bom salário você consegue manter seus colaboradores no plano de carreira? Então, isso já não funciona mais.


Existem outras formas de conseguir suas devoções, talvez com flexibilidade de horários, confiança na entrega de um projeto importante e voz ativa, possibilitará laços interessantes além da relação de entrega e responsabilidade, pois eles querem se sentir confortáveis pelas suas horas de dedicação profissional, e você precisa aceitar isso.


5. Você ouve seus colaboradores? Se sua resposta for não, sua empresa não possui espaço para a nova geração.


Eles portam a necessidade de serem ouvidos, de expressarem suas opiniões com a certeza de que não serão julgados. Mesmo sabendo que não é possível acatar todos os pontos de vistas, eles querem que a comunicação seja a base para a fluidez dos trabalhos, por isso é ideal durante a rotina, que sua capacidade de ouvir e compreender os porquês das sugestões, seja aguçada.


Em geral, se você chegou até aqui, deve estar se questionando se tudo isso é realmente necessário, se os centennials não passam do rótulo “mimimi” que criamos. Mas a verdade é que eles são apenas uma parte do caminho que a sociedade está percorrendo para a evolução.


Se sua empresa é visada pelos centennials, fique feliz, seu formato está dentro dos novos padrões sociais que estão sendo construídos, os quais têm muito a ensinar para nossos antepassados.


Essa realidade, é o caminho para o futuro e seu novo perfil de funcionários das empresas atualizadas.


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